10 setembro, 2011

Rosa Purpura

Oh, suave e silenciosa rosa purpura da noite
ante ti vacilam e dobram-se meus joelhos
e emudecem meus pensamentos
frente a seu mistério
atônito e pasmado vai-se o tempo
e o querer também já se esvai
tenho apenas a oferta-lhe
pela graça deste momento
minhas entranhas
pois nada prezo mais que a verdade
e o que há em mim de mais verdadeiro?
nada de palavras
apenas viceras

2 comentários:

Ramiro Pereira disse...

Muito bom, Carlitos. Aliás, eu tinha uma "silenciosa rosa púrpura da noite", num canto pálido do meu quarto. Ficou calada depois de me comer as viceras, não sobrou nada, nem palavras, nem a verdade.

Parabéns velho.

Charles disse...

hmm, víceras aceboladas...

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